26/09/14

Somos feitos de camadas.






Nun sei l que se passa cun outros mas bezes hai que dou cumigo a pensar an cousas de l arco de la bielha. Bibimos más ó menos uitenta anhos i tantas las camadas de que somos feitos. Somos miolho, casca i l que stá antre eilhes. Somos eidenticos, mas çfrentes i únicos. Quando mos acumparamos cula naturaleza ye l mesmo. Las almendras, ls frejones, ls carbalhos i todo, todo… mesmo todo. Nun sei porquei, mas deu me para pensar nas almendras, puode ser por gustar tanto de titos, l mesmo de frejones que tamien me gustan, tanto berdes cumo granos i se anton garbanços… inda me dá mais n’alma…cumbersa sien cherume. Esto ye a porpósito de l artigo de l arqueólego Cláudio Torres que tornei a ler i que me fizo pensar cumo la nuossa cebelizaçon i la cultura que tenemos hoije ye feita de camadas, cumo nós mesmos. Las nuossas camadas puodan tener uitenta, cien anhos, se for Manuel Oliveira mais un cachico…agora las cibelizaçones, son miles d’anhos.

Deixo eiqui solo un cachico de la antrebista que quien quejir la puode ler toda eiqui: http://da.ambaal.pt/noticias/?id=6314

 

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Hoje em dia quase que existe uma espécie de muro a separar os hemisférios Norte e Sul do Mediterrâneo. De onde advém esta falta de compreensão e de adaptação mútuas entre povos que durante milénios partilharam o mesmo caldeirão cultural?
Historicamente os habitantes das margens norte e sul do Mediterrâneo sempre pertenceram às mesmas famílias e à mesma cultura. Depois do desmembramento do Império Romano e da formação na Europa e no Magreb de vários países, o Mediterrâneo continuou a ser a grande plataforma comum para os intercâmbios comerciais e culturais até aos movimentos militares da Reconquista, a partir do século XII. Sob a capa de um movimento religioso, Roma tenta reconstituir o império assimilando todo o Mediterrâneo e cristianizando o Sul muçulmano. É neste contexto que decorre a Idade Média e que se afirma no Sul, como reverso da medalha, o Império Otomano. A sua derrota nos tempos modernos motiva a ocupação colonial de todo o Sul, transformando todos estes países em simples apêndices da Europa capitalista. A violência desta ocupação é bem patente na Guerra da Argélia que praticamente se arrastou até aos nossos dias. Não podemos esquecer que a ocupação política, económica e cultural de todos estes países pelas potências coloniais, sobretudo Inglaterra, França e Estados Unidos, durou praticamente até aos nossos dias. Não é portanto de admirar que os movimentos de libertação colonial ainda não tenham chegado ao fim.
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