10/03/22

Salimiento de lhibrico "Da Origem e Importância da Língua Mirandesa como Factor de Coesão Nacional" de Fernando Tabanez Ribeiro.

 

 


In memoriam do ilustre Prof. Amadeu Ferreira, cujo falecimento representou 

uma grave perda para o País e para a comunidade mirandesa em particular. 

Desaparecido o homem, fica o seu legado entregue a uma renovada geração 

capaz de assegurar a continuidade da sua obra.

             

DA ORIGEM E IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA MIRANDESA

COMO FACTOR DE COESÃO NACIONAL

       

   A romanização dos povos da Península Ibérica iniciou-se com a pacificação imposta pelas campanhas militares de Décimo Júnio Bruto, no séc II AC, na Galécia e grande parte da Lusitânia, tendo sido o latim a língua veicular, posteriormente adoptada em toda a Península, à excepção do País Basco onde se continuou a falar o Euskera, língua proto-ibérica cuja filiação se desconhece.

 O latim falado pelos povos submetidos, ou “latim vulgar”, afastava-se muito do “latim clássico” erudito, evidenciando especificidades acentuadas de região para região, dado o modo próprio como cada um dos dialectos celtibéricos pré-existentes assimilou o latim e também devido à grande diversidade de influências trazidas pelos invasores, consoante a origem geográfica ou social dos colonos, soldados e funcionários romanos vindos de Itália.

  É sobre estas variantes do “latim vulgar”, faladas pelos povos peninsulares, que, após a queda do Império Romano do Ocidente (séc. V), se vão individualizar as línguas românicas ou “romances”, tendo em conta o caminho específico seguido por cada uma delas e a contribuição que os posteriores povos invasores, germânicos, primeiro (séc.V), e árabes (séc. VIII) depois, vieram dar....................................

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In memorian de l'eilustre Porsor Amadeu Ferreira, an que sue muorte repersentou ua grabe perda pa l Paíç i pa la quemunidade mirandesa an particular.  Zaparecido l'home, queda l sou legado antregue a ua renobada geraçon capaç d'assegurar la cuntinidade de la sue obra.

 

 DE L’OURIGE I AMPORTÁNCIA DE LA LHÉNGUA MIRANDESA CUOMO FATOR D’OUNION NACIONAL.

 La romanizaçon de ls pobos de la Península Eibérica ampeçou cula pacificaçon ampuosta pulas campanhas melitares de Décimo Júnio Bruto ne l sec.II AC na Galécia, assi cumo la maior parte de la Lusitánia, tenendo sido l lhatin la lhéngua beicular, más tarde aporfelhada an to la Península, cun eiceçon de l Paíç Basco aonde se cuntinou a falar l Euskera, lhéngua proto-eibérica an que la sue felhiaçon se çconhece.

L lhatin falado puls pobos submetidos, ou “lhatin bulgar”, apartaba-se muito de l “lhatin clássico” eirudito, eibidenciando specifecidades acentuadas de region para region, dado l modo própio cumo cada un de ls dialetos celtibéricos pré-eisistentes acolhiu l lhatin i tamien debido a la grande dibersidade d'anfluéncias trazidas puls ambasores, cunsuante l'ourige geográfica ou social de ls quelonos, suldados i funcionairos romanos benidos d’Eitália.

 Ye subre estas bariantes de l “lhatin bulgar”, faladas puls pobos peninsulares que, çpuis de l sbarrulho de l Ampério Romano de l Oucidente (sec. V), se ban andebidualizar las lhénguas románicas ou “romances”, tenendo an cunta l camino specífico seguido por cada ua deilhas i la cuntribuiçon que ls posteriores pobos ambasores, germánicos purmeiro (sec. V) i árabes (sec. VIII) apuis, benírun a dar..................................................

 



 

1 comentário:

Parapeito disse...

Olá :)
Faz anos li um artigo de Amadeu Ferreira.
Tinha a ver com o amor e dedicação que sentia pela língua mirandesa.
Penso que traduziu "Os Lusíadas" e alguns evangelhos da Bíblia numa língua que para grande parte das pessoas é estranha e de pouco interesse.
Ainda bem que o fez.
Não podemos deixar morrer uma língua única e que para todos deve ser motivo de orgulho.
Deve ser respeitada, cuidada.
brisas doces *