Março 4, 2010
in blog – fuontes de l aire
fracisco niebro / Amadeu Ferreira
ganhar l die
un ramico de froles inche de
quelor
ls uocos que me chúben pulas horas; ye
naquesse jardin que me pace, triste, l die,
nel demudo an cuntentamiento l miu delor;
quando l pensar me chube aceso
an sou queimor
i bate l sien sentido l’ala selumbrie,
miro aqueilhas frolicas i, quien dezirie,
lhougo abaixa al jardin i canta un reissenhor;
tan afeitos a eilhas, ls
uolhos me fúgen
a cebar-se an sereno i ls miedos se scamúgen
grimados cula fuorça que l pequeinho apanha:
nunca hai tan amportante cousa
que te smague,
nien deixes que alto assunto un solo die t’açague,
puis la bida ye ne l pequeinho que se ganha.
…//…
ganhar o dia
um raminho de flores enche de cor
os vazios que me sobem pelas horas; é
nesse jardim que me passeia, triste, o dia,
no demudo em contentamento a minha dor;
quando o pensar me sobe aceso em seu ardor
e bate o sem sentido a asa sombria,
olho aquelas florzinhas e, quem diria,
logo desce ao jardim e canta um rouxinol;
tão afeitos a elas, os olhos me fogem
a engordar-se em sereno e os medos fogem
assustados com a força que o pequeno apanha:
nunca há tão importante coisa que te esmague,
nem deixes que alto assunto um só dia te estrague,
pois a vida é no pequeno que se ganha.
traduziu: ac
Março 04, 2022
obs.: pode a tradução não mostrar todo o sentir do poeta.
1 comentário:
não podia vir mais a calhar. No comentário anterior falei de Amadeu.
Tão bonitos estes versos, tão nostálgicos.
Gostei muito.
brisas doces *
Enviar um comentário