30/10/18

Bideo

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Eiqui deixo ua lhigaçon dun "bideo" que you cunsidro mui amportante ber-lo, para melhor antender la nuossa lhéngua.

La sue amportáncia ten a ber muito cula ourige de l mirandés i outros falares que bénen de l Lhionés.




(Ye só calcar)




06/10/18

“L mirandés” continua a atrair estudantes


Este testo q'eiqui publico "an pertués" saliu ne l blogue "tierraalantre"
Cuidei por bien poner-lo eiqui, (ls respunsables nun lhíeban a mal you partelhar-lo) puis ye ua ambora que mos agrada muito a nós mirandeses i que cúmben que seia de l coincimiento de todos. Quedamos assi a saber que la lhéngua mirandesa, la sue daprendizaige, l studo, mesmo tenendo muitos atalancadeiros, stá an bun camino. L die de manhana stá assegurado.
Un testo para guardar.

https://tierraalantre.wordpress.com/2018/09/20/ensino-do-mirandes-consolidado-nas-escolas-de-miranda-do-douro/



“L mirandés” continua a atrair estudantes
O mirandês está consolidado nas escolas de Miranda do Douro. Atualmente são 386 estudantes a frequentar a disciplina que é opcional.
Já lá vão 34 anos desde a primeira aula em mirandês. O projeto começou com nove alunos do 2º ciclo. Atualmente, como disciplina opcional, é frequentada por 356 estudantes, num universo de 609 alunos do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD).
O diretor do agrupamento, António Santos, manifesta orgulho pelo facto de “ao longo dos anos, mais de 60% dos alunos que frequentam o AEMD estarem inscritos nesta disciplina opcional”, frisando que “o ensino da Língua e Cultura Mirandesa é um projeto consolidado”.
O ensino do mirandês é feito, desde o ano letivo 2009/2010, nas escolas de Miranda do Douro, de forma contínua, desde o pré-escolar até ao secundário. E António Santos destaca o empenho dos estudantes “que optam por se matricular voluntariamente, quando poderiam ocupar os seus tempos livres na brincadeira ou estar no café”.
A língua mirandesa, no entender do presidente AEMD, funciona como uma espécie de “bilhete de identidade” das pessoas do concelho de Miranda do Douro. “É nobre preservar a identidade de um povo e à escola compete-lhe essa missão”, defende o docente.
Ana Martins, aluna do 11.º ano, que começou na primária a frequentar a disciplina, conta que aprendeu a falar mirandês com a família.
“As minhas primeiras palavras foram em mirandês e só aprendi português quando entrei para a escola”, conta à Renascença, indicando que “o mirandês ajuda muito na aprendizagem do português, principalmente ao nível da escrita”.
Também José António, aluno do 10º ano, manifesta orgulho na aprendizagem da segunda língua oficial em Portugal. “É um gosto aprender e mergulhar na tradição de um povo que tem orgulho na sua língua”, refere o estudante.
Já Afonso Dias, teve alguma dificuldade em aderir à aprendizagem do mirandês, mas atualmente confessa-se rendido face à “riqueza e beleza de uma língua que tem uma musicalidade especial, diz muitos dos antepassados e pode projetar todo um povo em termos futuros”.
O dialeto mirandês sobreviveu centenas de anos no isolamento, alcançando, em 1999, o estatuto de segunda língua oficial em Portugal, através da Lei 7/ 99, de 29 de janeiro, num projeto do então deputado socialista Júlio Meirinhos.
Professores de Língua e Cultura Mirandesa precisam-se
Domingos Raposo, o primeiro professor de mirandês, nas escolas de Miranda do Douro considera que “a oficialização da língua foi uma mais-valia”, defendendo que “há muita coisa por fazer ao nível do ensino, como a elaboração de manuais escolares”.
O docente indica ainda que “faltam verbas para a criação de instrumentos didáticos e pedagógicos para lecionar o mirandês”.
Um passo tido como determinante para a consolidação do mirandês passa pela formação de professores de Língua e Cultura Mirandesa. Um protocolo foi já assinado entre o município, o Ministério da Educação e a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), visando o desenvolvimento de um projeto-piloto destinado ao ensino da língua e cultura mirandesas.
Apesar do reconhecimento oficial, a língua mirandesa continua “a não ter um enquadramento institucional adequado”, apontam os linguistas que se dedicam ao seu estudo, ambicionando pela assinatura da Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias, um tratado internacional do Conselho da Europa que “define boas práticas para o enquadramento legal e institucional de línguas minoritárias, como é o caso, em Portugal, da língua mirandesa”.
A Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias contempla 35 princípios que cada signatário do documento terá que cumprir na área da educação, administração local, justiça, media, vida económica e cooperação institucional.