A publicação
foi escrita por um filho das Terras de Miranda e conta várias histórias das
suas vivências.
Chama-se
“Histórias Antigas Sem Bolor” o sétimo livro do mirandês Faustino Antão. Com 70
anos, o autor deixa agora publicadas as várias vivências que já soma e
reporta-se ainda a inúmeras tradições das terras de Miranda.
Uma das histórias
que Faustino recorda com saudade, e uma das suas preferidas, é partilhada no
livro. “Quando íamos às ceifas, íamos almoçar, ao meio-dia, para a sombra de
uma árvore, e ao estendermos a manta para comer as formigas aproximavam-se
porque queriam comer. O meu pai esmigalhava pão para o chão para elas se
entreterem e não nos consumiam a nós e deixavam-nos comer o almoço sossegados”.
O autor,
natural de Genísio, uma localidade com 230 habitantes, teve como objectivo
deixar um testemunho escrito das suas histórias e das dos seus antepassados de
modo a preservar também o mirandês. “O livro representa deixar de um testemunho
escrito. O futuro não nos iria perdoar se deixássemos morrer este património.
Uma língua falada morre se não tiver o acompanhamento da escrita. Escreve-lo é
a forma de o levar mais longe no tempo”, explicou Faustino Antão.
Faustino
Antão assume que vai escrever enquanto tiver motivação.
Escrito por
Brigantia
Jornalista:
Carina Alves
e Ângela Pais
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